A iniciativa ajuda os alunos na escrita de TCCs, dissertações, teses, artigos científicos e outras produções textuais acadêmicas
Por Clara Kury – Setor de Comunicação da Decania do CT
Quem nunca enfrentou um bloqueio na hora de redigir um texto ou sentiu dificuldades para elaborar um dos muitos trabalhos acadêmicos da faculdade? Para ajudar os estudantes a superarem as diversas barreiras que envolvem a produção textual acadêmica, em 2020, a Coordenação de Integração Acadêmica da Decania do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ criou o Clube da Escrita. Além de promover lives mensais, minicursos e oficinas, o projeto oferece também atendimentos individuais aos estudantes dos cursos de graduação do CT e dos programas de pós-graduação do Centro de Tecnologia e do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza.
Os atendimentos individuais têm a finalidade de tirar as dúvidas dos estudantes em relação à sua escrita acadêmica, além de trabalhar os pontos em torno da estrutura organizacional de cada gênero textual. A proposta não é oferecer orientação acadêmica, nem fazer uma revisão textual, mas ajudar o aluno a desenvolver suas habilidades, a expandir seus horizontes na escrita e a lidar melhor com a ansiedade que surge ao longo da elaboração de TCCs, dissertações, teses ou outras produções textuais.
Os estudantes de pós-graduação são atendidos por Matheus Lage e Isabela Alencar, bolsistas vinculados ao Laboratório de Letramentos Acadêmicos em Linguística Aplicada do Programa Interdisciplinar de Pós-Graduação (PIPGLA) da Faculdade de Letras da UFRJ, que está sob orientação do professor Rogério Tilio. Já os alunos dos cursos de graduação são assistidos por Rita Cavaliere, uma das idealizadoras do Clube da Escrita do CT.

De acordo com Matheus Lage a principal dificuldade dos estudantes é entender as especificidades da escrita acadêmica e seguir as convenções dos gêneros acadêmicos adequadamente. Ele reitera que apesar dos esforços do Clube da Escrita, o progresso de cada aluno depende muito da própria vontade de evoluir.
Lena Santini, mestranda do Programa de Planejamento Energético da Coppe, conta que procurou o atendimento do Clube da Escrita para aprimorar seu texto acadêmico, pois tinha dificuldades em entender as regras da ABNT. A estudante irá apresentar sua dissertação em breve e diz que graças ao apoio recebido melhorou muito a escrita final do seu trabalho.
“Procurei o Clube da Escrita porque precisava de ajuda para definir a metodologia da minha tese. Os encontros foram basicamente “bate-papos” sobre como eu poderia montar a metodologia. A ajuda que recebi agregou bastante para o desenvolvimento do trabalho e sou muito grato ao Clube”, fala Alexandre Prota, estudante do Programa de Planejamento Energético da Coppe que irá defender seu doutorado em julho.
“A escrita acadêmica como um todo é desafiadora, especialmente quando, durante a graduação, há pouco incentivo à produção científica. Minha principal dificuldade era a elaboração do referencial teórico, articular diversos autores em um diálogo coerente sobre o tema.” disse Myra Benevides, mestranda do Programa de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica. A jovem conta que descobriu o Clube da Escrita em 2023, pelo Instagram do CT, e a partir daí assiste sempre às lives mensais e participou do minicurso “Planejamento textual de dissertações e teses”.
Os atendimentos levam em torno de 45 minutos e para agendá-los, de forma presencial ou remota, basta acessar o link https://calendly.com/clubedaescrita-atendimento2 (pós-graduação) ou https://calendly.com/escrita-atendimento3 (graduação) para escolher o horário. O estudante deve preencher um formulário, especificando o programa que está vinculado, qual a finalidade do encontro e descrever o tipo de ajuda que precisa.

Myra ainda não defendeu sua dissertação, contudo, graças ao Clube da Escrita, está mais confiante e capaz de finalizar sua jornada acadêmica. “Acredito que o trabalho do Clube vai muito além de oferecer ferramentas para embasar a escrita científica. Existe também um acolhimento genuíno por parte de pessoas que já passaram pelas etapas da graduação e do mestrado. Fui ouvida em questões diversas, o que me ajudou a reduzir a sensação de solidão no percurso como pesquisadora. Sou muito grata à Íris Guardatti e ao Gabriel Martins, os melhores do ano de 2024, e também ao Matheus Lage e à Cláudia Marins. Eles formam um time que realmente faz a diferença na UFRJ”, conclui a estudante.