Nesta segunda-feira, o reitor Roberto Medronho abriu o II Seminário de Estudos sobre o Estado do Rio de Janeiro com uma fala firme sobre o papel das universidades públicas na reconstrução do território fluminense
Por Reitoria – Fonte: www.ufrj.br
O reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Roberto Medronho, participou, na manhã desta segunda-feira, 24/11, da abertura do II Seminário de Estudos sobre o Estado do Rio de Janeiro (Seerj). Organizado pelo Fórum dos Reitores das Instituições Públicas de Ensino do Estado do Rio de Janeiro (Friperj), o evento reunirá, ao longo de três dias, pesquisadores, gestores públicos, especialistas e representantes da comunidade científica para discutir desafios estruturais do estado nas áreas econômica, social, ambiental, cultural e institucional.
Em seu discurso, Medronho anunciou que as discussões do seminário serão sistematizadas e encaminhadas como propostas aos candidatos nas eleições de 2026. “As universidades têm um papel fundamental de propor políticas públicas capazes de tirar o Rio desta grave crise. Precisamos caminhar juntos para transformar o Rio em um estado próspero, justo e bom de se viver”, disse.
Ele relembrou processos que agravaram a situação fluminense, como a desindustrialização, a fusão dos estados, o fechamento de estatais, a instabilidade política e o avanço da violência. Medronho reforçou ainda a urgência de uma agenda estratégica construída em conjunto pelas instituições de ensino superior do estado.
Para o reitor da UFRJ, o trabalho coletivo do Fórum tem sido fundamental. “O Friperj ocupa um importante espaço ao estudar minuciosamente a economia do Rio, oferecendo mecanismos capazes de tornar o estado mais inclusivo, com menos violência e com sua vocação econômica recuperada.”
O reitor do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro (IFRJ) e vice-presidente do Friperj, Rafael Almada, ressaltou que as instituições públicas precisam fazer seu conhecimento reverberar na formulação de políticas públicas. “A própria lógica das nossas instituições, que não estão localizadas só na capital, precisa reverberar para as políticas públicas”, disse Almada.

Premiação
Após a cerimônia de abertura, foram anunciados os vencedores do 2º Concurso de Teses e Dissertações Friperj–IPP–Faperj, que premiou pesquisas dedicadas a compreender o território fluminense. Entre 232 trabalhos inscritos, a UFRJ foi destaque, com quatro estudos entre os sete agraciados — dois segundos lugares e duas menções honrosas.
Trabalhos premiados da UFRJ:
Menção Honrosa
“O hub periférico fluminense: lógicas transversais a partir da estação intermodal da Pavuna/São João de Meriti”
Maria Rúbia Martelletti Grillo Pereira – PPG Urbanismo/UFRJ
Menção Honrosa
“De espaço residual a comum urbano: ações culturais sob os viadutos do Rio de Janeiro”
Maria Castilho Maron – PPG Urbanismo/UFRJ
2º Lugar – Doutorado
“Arte de segurar o céu: cenas com lixo e manguezal no Rio de Janeiro”
Ricardo Cabral Pereira – PPG Artes da Cena/UFRJ
2º Lugar – Mestrado
“Fragmentação florestal e a dinâmica espaço-temporal na Mata Atlântica no Estado do Rio de Janeiro (1985–2021)”
Mayã Luíza Teles Garcia – PPG Geografia/UFRJ
O seminário segue até quarta-feira (26/11), com mesas dos Diálogos Fluminenses, sessões temáticas e debates. Na quarta-feira à tarde, a presidenta da AdUFRJ e professora da UFRJ, Ligia Bahia, será uma das palestrantes, abordando políticas de saúde.
