Em carta, Reitoria lembra momentos de 2020, agradece corpo social da Universidade e expõe a necessidade do autocuidado
Por Assessoria de Imprensa da Reitoria – Fonte: www.ufrj.br
Há exatamente um ano, no dia 16/3/2020, a UFRJ suspendeu as atividades presenciais não essenciais, visando, principalmente, a proteger o corpo social contra a COVID-19 e ajudar a diminuir a transmissão do novo coronavírus (SARS-CoV-2) no nosso país.
Agradecemos muito a todos os profissionais e voluntários da UFRJ, que foram incansáveis no enfrentamento desta crise sanitária sem precedentes. Vocês nos orgulham muito! Nosso corpo social tem atuado com muita dedicação no atendimento das diferentes demandas da sociedade. Nossas atividades de ensino, pesquisa e extensão que podem ocorrer de forma não presencial estão acontecendo de maneira remota, com o intuito de garantir a continuidade da formação profissional e de cidadãos engajados na solução dos problemas da sociedade.
Apesar de, inicialmente, ter ocorrido uma redução de algumas de nossas atividades, intensificamos nossas ações em muitos casos, com o objetivo de ajudar o país neste momento de pandemia. Assim, bem precocemente, iniciamos a assistência aos pacientes acometidos pela infecção e ampliamos o número de leitos hospitalares de enfermaria e UTI. Criamos, ainda, um centro de triagem e diagnóstico molecular da COVID-19. Produzimos álcoois e material didático para esclarecimentos sobre a doença, realizamos atendimento psicológico a enfermos e seus familiares, desenvolvemos ventiladores e projetos de pesquisa, que geram novos conhecimentos sobre a doença e que, mais recentemente, levaram ao desenvolvimento de vacinas, que estão na fase dos testes pré-clínicos.
Em relação às doenças virais transmitidas de pessoa a pessoa, sem intermediários, a higiene e o distanciamento social são medidas preventivas necessárias e eficazes. Nesta pandemia, causada por um vírus respiratório que pode ser letal, não há novidades quanto a isso. O novo coronavírus se comporta exatamente como outros vírus, que podem modificar o seu material genético por mutações (mudanças) que apenas acontecem quando se replicam, ou seja, durante as infecções no organismo humano. Portanto, quanto mais transmissão do vírus, maior a chance de novas variantes surgirem e o aumento da possibilidade de essas novas formas virais não mais responderem às vacinas previamente desenvolvidas. As novas variantes podem ser ainda mais poderosas contra os seres humanos. Esses são os motivos pelos quais, mesmo vacinados, devemos nos isolar ao máximo até que o pesadelo passe.
Neste último ano, os países que enfrentaram a pandemia com mais seriedade já se encontram mais próximos da normalidade. No entanto, na maior parte dos países, a pandemia ainda está matando muitas pessoas. Nosso país vive, agora, um dos piores momentos desde março de 2020. Chegamos à casa de 2.000 mortes por dia, o que nos entristece. Somos solidários com todas as pessoas que perderam seus entes queridos, membros da nossa comunidade acadêmica e da sociedade brasileira em geral. A vacinação em massa da população é um enorme desafio e a única maneira de controlar a disseminação da doença e salvar vidas. Nossos voluntários têm atuado em conjunto com as secretarias de saúde para ampliar rapidamente o número de vacinados.
Neste momento de pandemia, devemos reafirmar a importância da ciência, para garantirmos um futuro melhor aos nossos descendentes. Essa é a forma de construir a verdadeira sociedade do conhecimento, formada por pessoas com mais empatia e respeito ao outro e ao meio ambiente. O corpo social tem usado o conhecimento técnico-científico, associado à compaixão e à solidariedade, visando ao preenchimento do que entendemos ser a necessidade da humanidade neste momento. Essa mistura será fundamental para transformar a sociedade neste século. Nossos agradecimentos a cada um de vocês!