O estudo de erosão por partículas sólidas possui grande importância tecnológica e industrial, especialmente para o setor de petróleo e gás natural. A colisão de partículas com a superfície gera remoção de material e pode ocasionar falhas em medidores e equipamentos, diminuindo sua vida útil e aumentando os riscos de acidente. No entanto, o fenômeno erosivo é extremamente complexo de ser modelado devido ao número de variáveis que exercem influência no processo de desgaste. Grande parte dos modelos de dano existentes foram calibrados para o caso de jato impingente, porém pouco se sabe sobre a predição de erosão em geometrias mais complexas e em condições fora de suas faixas de validação.
O trabalho apresentado neste seminário tem como objetivo avaliar a aplicabilidade de tais modelos de erosão a uma outra geometria: uma junta do tipo “T” de seção quadrada. Serão mencionadas as metodologias experimentais e computacionais utilizadas na quantificação do fenômeno erosivo, as técnicas de caracterização do escoamento e os resultados encontrados.
Felipe Reis é engenheiro mecânico graduado cum laude pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, com período sanduíche na University of Bristol, e é Mestre em Engenharia Mecânica pela COPPE/UFRJ. Com formação profissional híbrida, Reis já atuou no ramo de tecnologia em meios de pagamentos, tendo trabalhado com logística, gestão de operações e planejamento e controle.
Atualmente atua como pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIDF/UFRJ), onde gerencia projetos de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) e desenvolve pesquisas nas áreas de escoamento multifásico, simulação numérica, manufatura aditiva e aprendizado de máquina. No NIDF, Reis liderou o primeiro projeto de Erosão do laboratório, tendo desenvolvido junto com sua equipe experimentos e simulações numéricas de escoamentos carregados de partículas sólidas com o intuito de avaliar a confiabilidade de válvulas de completação inteligente.
Em um trabalho com o Museu Nacional, Reis recebeu o prêmio de melhor trabalho técnico do I Congresso Brasileiro de Fluidodinâmica Computacional ao abordar de forma inovadora a biomecânica de voo de um pterossauro brasileiro. Hoje, ele integra a equipe de um projeto que visa prever e diagnosticar falhas em bombas centrífugas submersas durante sua operação.
Link para o chat de bate-papo com o pesquisador Felipe Reis a partir das 16 horas: https://meet.google.com/tzr-mxeq-urq