CovidScan foi criada para auxiliar no diagnóstico da COVID-19
Por Coppe/UFRJ – Fonte: www.ufrj.br
Uma plataforma digital on-line criada pela Petrec, empresa derivada do Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia (Coppe), busca apoiar profissionais de saúde na identificação e diagnóstico da COVID-19. A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) iniciou recentemente os testes com a ferramenta, que reúne imagens sequenciais de tomografias pulmonares classificadas por tipo de patologia, com o objetivo de facilitar o prognóstico.
O programa compara as imagens do pulmão do paciente com outras previamente diagnosticadas, assim é possível auxiliar na tomada de decisão da equipe de saúde – seja pela internação imediata, seja pelo tratamento mais adequado. Os pesquisadores produziram um software, dotado de algoritmo de inteligência artificial, que filtra as imagens, possibilitando identificar a doença com rapidez e precisão. O trabalho conta com a colaboração do professor Alexandre Evsukoff, do Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia (Lamce), da Coppe.
Para os testes, um computador foi equipado com software de processamento gráfico instalado na Fiocruz e integrado com a CovidScan na sede da empresa. Josias Silva, da Petrec, explica que os dois sistemas irão atuar de forma paralela, permitindo importar tomografias e raios X dos pacientes e processar resultados.
“Em nossa máquina iremos rodar o algoritmo de inteligência artificial para processar e trabalhar as informações, que depois serão repassadas de volta à Fiocruz para que seu corpo médico analise o resultado obtido.”
A ferramenta também será testada, mas com procedimentos diferentes, no Hospital Municipal Miguel Couto, onde será instalado um computador também configurado com software de processamento gráfico. De acordo com Silva, a mudança será na forma de interação. Em vez da troca de informações ocorrer entre os sistemas do hospital e da Petrec, os dados dos pacientes do Miguel Couto serão hospedados na nuvem, a partir da qual a equipe da empresa terá acesso para fazer o processamento com inteligência artificial.
“Nós iremos alocar uma máquina com potencial de processamento, e, após nosso sistema rodar o algoritmo, os resultados ficarão armazenados em nosso banco de dados e no sistema do hospital, bem como disponíveis na própria nuvem para serem utilizados pelos médicos em qualquer local em que eles tiverem acesso à internet. Isso evitará atrasos que poderiam ocorrer na análise dos resultados, uma vez que o Miguel Couto tem unidades externas”, explica.
O projeto de desenvolvimento da plataforma foi selecionado em primeiro lugar no edital “Soluções inovadoras para o combate à COVID-19”, da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). O edital faz parte da seleção pública do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTIC), com recursos de subvenção econômica à inovação, concedidos por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).
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