Entre as 35 universidades brasileiras que integram o ranking, 32 são públicas
Por Victor França – Fonte: www.ufrj.br
A Universidade Federal do Rio de Janeiro foi classificada como uma das melhores instituições de ensino superior do planeta, segundo a vigésima edição do ranking das melhores universidades do mundo.
A edição de 2024 do QS World University Rankings, divulgada nesta terça-feira, 27/6, pela consultoria global de ensino superior QS Quacquarelli Symonds, avaliou 2.963 instituições de 104 países. 35 universidades brasileiras aparecem no ranking, sendo 32 públicas. A UFRJ figurou no 371º lugar no mundo, 12º lugar na América Latina, terceiro lugar no Brasil e primeiro lugar entre as federais do país.
“A UFRJ mantém sua posição de vanguarda no ensino superior brasileiro. É uma honra estar reitor em exercício neste momento e poder celebrar mais esse feito da instituição, que é um celeiro fértil de ensino, pesquisa e extensão de ponta. Sabemos, no entanto, que é possível aperfeiçoarmos nossa presença nestes estudos de tal maneira que identifiquem de forma mais qualitativa a nossa vocação em todas as áreas do conhecimento e que destaquem o engajamento social da Universidade do Brasil”, afirma Carlos Frederico Rocha, reitor em exercício.
Os resultados colocaram a UFRJ empatada com a Universidade do Cairo (Egito) e a Tilburg University (Holanda). A UFRJ ficou à frente de instituições como a Universidade da Califórnia, Universidade do Tennessee, Universidade de Connecticut e Universidade do Estado do Colorado (Estados Unidos); Universidade de Luxemburgo (Luxemburgo); Universidade Nova de Lisboa (Portugal); Universidade de Trento (Itália); e Universidade da Cidade de Dublin (Irlanda). Outras instituições brasileiras também aparecem no ranking, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), que capitaneiam o ranking no cenário nacional.
Nesta edição, o QS fez alterações na metodologia, criando três novas métricas: sustentabilidade, inserção no mercado de trabalho e rede internacional de pesquisa. Além disso, a organização do ranking ajustou a ponderação de alguns indicadores: reputação acadêmica, reputação frente aos empregadores e proporção aluno/docente.
“Este ranking representa um passo importante na evolução do exercício, marcando a inovação mais significativa em seu paradigma metodológico desde sua criação, há duas décadas. Mais do que nunca, ele se alinha às prioridades das gerações Z e Alpha, fornecendo às instituições uma lente única para avaliar seu desempenho em áreas fundamentais, a fim de moldar um futuro melhor para as próximas gerações”, explica o vice-presidente sênior da QS, Ben Sowter.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro
A UFRJ tem fatos e números que impressionam. É a primeira instituição oficial de ensino superior do país, com atividade desde 1792, em razão da existência da Escola Politécnica, a sétima escola de Engenharia do mundo e a mais antiga das Américas. Organizada como universidade em 1920, a UFRJ tem presença registrada nas 15 melhores posições dos mais diversos rankings acadêmicos na América Latina, com o melhor curso de Engenharia Naval e Oceânica das Américas (à frente, inclusive, do MIT). A instituição conta, hoje, com 175 cursos de graduação, 315 de especialização, 224 programas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e mais de 1,5 mil projetos de extensão.
Maior universidade federal do Brasil, a UFRJ tem em seu corpo social cerca de 65 mil estudantes (anualmente, 5 mil formam-se na graduação e 2,6 mil dissertações e teses são produzidas), 4 mil docentes (9 em cada 10 têm doutorado), 3,7 mil técnicos-administrativos atuantes nos hospitais da instituição e 5,6 mil nas demais unidades. A Universidade tem estrutura similar à de um município de médio porte. A Cidade Universitária, seu campus principal, possui circulação diária de cerca de 100 mil pessoas.
Compatível com seu grau de relevância estratégica para o desenvolvimento do país, a UFRJ formou vários ex-alunos notáveis, como Osvaldo Aranha, indicado ao Prêmio Nobel da Paz; os escritores Jorge Amado e Clarice Lispector; o arquiteto Oscar Niemeyer; os médicos Oswaldo Cruz e Carlos Chagas; e o matemático Artur Ávila, primeiro latino-americano a receber a Medalha Fields, prêmio oferecido a matemáticos com até 40 anos e considerado equivalente ao Nobel.
Uma das instituições que mais produzem ciência no Brasil, a Universidade possui dois campi fora da capital fluminense: um em Macaé e outro em Duque de Caxias. Com projetos de ponta nas áreas científica e cultural, a antiga Universidade do Brasil tem sob seu escopo 9 hospitais universitários e unidades de saúde, 19 entes museais, 1.456 laboratórios, 43 bibliotecas e um parque tecnológico de 350 mil metros quadrados, com startups e empresas de protagonismo nacional e internacional.