Minervas Rockets e Sats desenvolvem melhor projeto de engenharia da Spaceport America Cup

Mivervas Rockets e Sats ficaram em terceiro lugar entre mais de 150 equipes que participaram do evento

Por Assessoria de Comunicação da Escola Politécnica da UFRJ

As equipes de competição da Escola Politécnica da UFRJ Minervas Rockets e Sats alcançaram a terceira colocação entre as mais de 150 equipes que participaram da Spaceport America Cup – maior competição de foguetes e satélites do mundo, que aconteceu entre os dias 11 e 27 de junho, no Novo México. Atrás apenas das universidades americanas de Cornell e de Maryland, a equipe brasileira também foi avaliada com o melhor projeto de engenharia e conquistou a maior pontuação na categoria. Esta foi a segunda participação da equipe, que ficou em 4º lugar em 2021.

Além de alunos da Engenharia da UFRJ, a equipe é composta por alunos da Física, Química, Biomedicina, Economia, Nanotecnologia, Astronomia, Jornalismo, Biblioteconomia, Defesa e Gestão Estratégica, Direito e do Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza.

Coordenadas pelos professores Otto Rotuno Correa Filho e Alexandre Landesman, e com apoio também do Instituto Reditus e Faperj, as equipes levaram para o Novo México, o foguete Aurora, de três metros e 10 cm, com motor de combustível sólido, e o nanossatélite de Experimentos Astrobiológicos (MicrobioSat) – para competir no desafio Payload Challenge, onde os nanossatélites inscritos competiram como melhor projeto de Carga Paga, ou seja, carga que é transportada no foguete.

     

A competição teve seis categorias para foguetes: duas de combustível sólido para foguetes com motor COTS (comerciais, ou seja, já compra pronto), sendo uma de apogeu 3 km e outra de 10 km; duas de foguetes de combustível sólido SRAD (Student Research and Devoleped), ou seja, desenvolvido pela equipe), uma de apogeu 3 km e uma de 10 km; e duas de foguetes de combustível líquido ou híbrido SRAD, sendo uma de 3 km e outra de 10 km.

O protótipo possuía recuperação em dois estágios, isto é, com a abertura de um paraquedas para frear o foguete e, após isso, um paraquedas maior e principal para ele descer de forma lenta e chegar inteiro e seguro à terra. Também contou com eletrônica embarcada, desenvolvida pelo time, onde conseguiram monitorar diversos dados em tempo real do voo. “A equipe recebeu nota máxima em Recovery, o que significa que o foguete foi lançado e recuperado sem sofrer danos em seus módulos ou estrutura. Essa conquista foi muito elogiada pelos juízes da competição”, celebrou a presidente da Rockets, Julia Siqueira.

Segundo ela, universidades do mundo inteiro e grandes empresas do setor como a SpaceX estiveram presentes. “Foi uma grande oportunidade para absorver o máximo de conhecimento, tanto da competição quanto de outros projetos para aplicarmos em nossos laboratórios. Embora a equipe não tenha levado o troféu para casa, a sensação de vitória é plenamente justificada. O foguete Aurora foi o melhor em sua categoria, alcançando uma pontuação impressionante de 1036,4 pontos e apresentando uma precisão de voo de 97%”, avaliou.