Com o tema “Ciências básicas para o Desenvolvimento Sustentável”, a SNCT apresentou o conhecimento da universidade aos alunos do ensino fundamental e médio
Por Rebecca Henze – Setor de Comunicação da Decania do CT
O Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ recebeu a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) durante os dias 18, 19 e 20 de outubro. O evento multidisciplinar uniu vários projetos de extensão de diferentes cursos ligados ao tema “Ciências básicas para o Desenvolvimento Sustentável” para apresentar um pouco do conhecimento produzido pela Universidade aos alunos do ensino fundamental e médio da rede pública e privada. A SNCT contou com 65 estandes e, em média, 36 escolas visitaram o campus por dia.
Os estudantes de graduação e de pós-graduação receberam os mais novos com atividades interativas e lúdicas a fim de apresentar seus estudos de uma forma atrativa e de fácil compreensão. Nos estandes estavam presentes projetos de extensão de diferentes cursos da UFRJ como Escola de Educação Física e Desportos (EEFD), Faculdade de Letras, Escola de Comunicação, Instituto de Biologia, Faculdade de Farmácia e das unidades do CT.
O professor Walter Suemitsu, Decano do CT, comentou a importância de trazer tantos cursos diferentes ao campus: “Eventos como esse são importantes para o CT não só para mostrar a produção acadêmica do CT, mas também para que nossos professores, técnicos- administrativo e estudantes tenham contato com a produção acadêmica de outros Centros. Numa época em que a maioria dos projetos são interdisciplinares, esse contato é muito importante.”
Um dos projetos trazidos pelos cursos da área de saúde, é o “Ciências para a sociedade: Museu da Anatomia por dentro do corpo”. Nicole Souza, estudante de Enfermagem e Maggie Mariad, de Biomedicina, receberam os visitantes com órgãos reais e chamaram a atenção das crianças com peças que podem ser tocadas como o coração, o pulmão e ossos cortados ao meio. “Está sendo uma experiência muito gostosa, principalmente com as crianças. A parte sensorial delas tocando nos órgãos, muitas se identificaram e falaram: ‘Eu quero trabalhar com isso, eu gostei’, permite ver que realmente o Ensino, a Pesquisa e a Extensão funcionam!”, contaram.
O “Luz, Química e Ação” do Instituto de Química (IQ) utilizou uma mesa com líquidos coloridos, brilhantes e fluorescentes para chamar a atenção dos pequenos que visitavam a exposição. Apresentado por Rafael Duarte, graduando em Química, o projeto mostrou na prática a fotoquímica de forma visual para as crianças. “A fotoquímica é legal por ser visual, a ideia é justamente cativar as crianças com a mudança de cor por meio de diferentes PHs e soluções. A luz é muito fácil e intuitiva e explica a ciência com mais facilidade.”
Outro projeto que se destacou foi o “E-lixo: descarte incorreto” do IQ. Rodrigo Queiroz e Júlia Pereira, alunos de Química Industrial e Química e Atribuições Tecnológicas respectivamente, apresentaram na prática um solo contaminado por pilhas e o compararam com a forma correta de descarte. No estande era possível ver testes de chumbo e ferro, coloridos e interativos. Os estudantes responsáveis falaram sobre a participação no evento: “as crianças estão gostando principalmente de fazer os testes, de colocar o reagente e para fazer a mudança de cor. É muito bom ter esse contato com os alunos e ver no que impactamos fora da indústria. O mais legal é ver que eles levam para casa o aprendizado e passam para os familiares a importância do descarte correto.”
O “Desafio Solar Brasil”, projeto de extensão do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides), marcou presença na SNCT ao mostrar seus barcos movidos a energia solar para os visitantes. Formado por alunos de Engenharia, principalmente da Naval, o estande contou com Fransuhelen Lima e Ana Paula de Oliveira para recepcionar as crianças ao lado de seus colegas. O barco presente no local chamou a atenção do público infantil, que recebeu uma breve explicação sobre a energia solar e o desafio nacional que o projeto participa: “É um desafio porque quando a gente está no ensino superior aprendemos por meio da linguagem técnica e a trabalhar com pessoas mais sérias. Quando apresentamos o projeto para crianças, temos o desafio de mudar a linguagem e a forma de ensinar. A adaptação é muito importante para a acessibilidade dessas crianças e para que elas entendam na prática o que estudamos na teoria.”, contam as duas.
O projeto “Tecnologias Emergentes” trouxe para a SNCT três atividades que visam melhorar a inclusão tecnológica nas escolas municipais do Rio de Janeiro. A primeira é levar um protótipo de controle de umidade de hortas para as escolas, com a ajuda de um arduino (uma placa de controle fácil de programar que pode ser usada para prototipar qualquer coisa), apresentando essa tecnologia para as crianças.
Além disso, há também a proposta de jogos educativos impressos por filamentos de garrafas PET, solução para o problema das escolas que possuem impressoras 3D e não terem o material necessário para a impressão. O “EDs Makers” também apoia o projeto Recicla CT participando das capacitações sobre a coleta seletiva e pesagem para novos funcionários da faculdade. O projeto é multidisciplinar e conta com alunos dos cursos de computação, design industrial e engenharia que trabalham para tirar suas ideias do papel e ver as peças que eles mesmos projetam, ganhando vida.
A Rádio UFRJ também esteve na SNCT. Além de fazer a cobertura do evento entrevistando personalidades como a profa. Ivana Bentes, Pró-Reitora de Extensão da UFRJ, a webrádio aproveitou para mostrar sua programação para os alunos visitantes. Contando com um computador disponível para escutar a rádio, a jornalista Patrícia da Veiga apresentou o trabalho do projeto para quem gostaria de ouvir. “A gente vem ouvir e analisar o interesse deles, estamos aqui nessa proposta de exposição”. Patrícia completa: “é um encontro mesmo, então é importante pra gente se conhecer e é interessante para os alunos que vão fazer o vestibular nos conhecerem. Estou mais animada ainda para semana que vem, que nós vamos para as escolas de Manguinhos e da Maré, onde vamos fazer oficinas de podcast e convidá-las a produzir.”
