O projeto levou 21 oficinas e recebeu 900 alunos da rede pública de ensino da cidade
Por Rebecca Henze – Setor de Comunicação da Decania do CT
Entre os dias 27 e 29 de agosto, aconteceu em Paraty a 22ª edição do UFRJMar, considerado o maior do projeto de extensão da universidade, que levou 21 oficinas de diferentes projetos acadêmicos da universidade. Foi realizado simultaneamente no Colégio Estadual Engenheiro Mário Moura Brasil do Amaral (Cembra) e na E.M. Monsenhor Hélio Pires e contabilizou a visita de 900 alunos da rede pública de ensino do município.
A cerimônia de abertura contou com a participação de Helio de Mattos, chefe de gabinete da Reitoria da UFRJ; Leonardo Silva, Diretor do Cembra; Queli Marcolino, Diretora da E.M. Monsenhor Hélio Pires; Flávio Chadid, vice-diretor do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides); Fábio Barros, representando a Secretária de Educação de Paraty – Alza Gama – e Walter Suemitsu, Decano do CT. Os convidados aproveitaram para parabenizar a comissão organizadora do evento pelo empenho e dedicação para a sua realização. O Professor Walter falou sobre as dificuldades orçamentárias para montar esta edição, a importância do projeto para a população de Paraty, agradeceu ao diretor do Cembra pelo acolhimento do projeto na escola e pela dedicação de todos os envolvidos para viabilizar mais um UFRJMar.
O projeto gráfico do livro “Ufrjmar: a história contada sobre vários olhares”, ainda em fase de produção, foi apresentado pelo setor de Comunicação da Decania do CT na abertura do evento e as oficinas que quiserem participar podem enviar os textos para a comissão organizadora.
Entre as oficinas levadas para os alunos dos ensinos Fundamental e Médio estão diferentes modalidades esportivas, Química, Gastronomia, Engenharia, Biologia, Música, entre outros temas, além de apresentações sobre algicultura e sobre o projeto Estaleiro Escola da Baía de Guanabara. No encerramento foi organizado uma roda de conversa com os oficineiros que fizeram uma reflexão sobre o evento, debateram sobre as atividades desta edição e já apresentaram sugestões para a de 2025.
Camila Vitória, estudante do Instituto de Biologia, participante da oficina “Peixes nas redes”, foi pela primeira vez ao evento e comentou sobre como lidar com um público mais jovem: “Foi muito legal trabalhar com crianças. A forma como elas lidam com os peixes aqui em Paraty é muito ligada ao consumo e a gente traz essa visão do estudo, despertando nelas que por meio da pesquisa é possível preservar a vida marinha”.
Dayana dos Santos Cristiano é aluna do Ensino Médio do Ciep 218 Brasil-Turquia, escola que levou a oficina “Arte Ebru”, que relaciona a cultura turca com o mar. A estudante conta que ficou com medo de participar do evento por não ser aluna universitária, mas que o resultado surpreendeu suas expectativas: “A gente está se sentindo realizado em trazer um pouco da cultura turca para as crianças de Paraty. A pintura Ebru envolve diferentes conhecimentos, como a matemática para calcular a quantidade de pigmentos para fazer a tinta, e o mar. As crianças ficaram felizes em aprender e a fazer pinturas com a gente”.
Gabriela Arosa, doutoranda da Faculdade de Educação, participou da oficina “Quartinhola: de onde vem o som?” da Escola de Música da UFRJ. Arosa contou a importância das crianças aprenderem um pouco sobre a construção de instrumentos musicais: “Poucas pessoas conhecem a luteria como uma tecnologia educacional. Mostrar o processo de construção do violão é importante para que alunos conheçam a profissão, para que tenham acesso a sonoridades diferentes e ao trabalho que a gente faz na faculdade.”
Jorge Esteban, mestrando do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe/UFRJ, participou da oficina “Como os fluidos se comportam?” do Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIDF) e participa do UFRJMar pelo segundo ano. “A oficina apresenta o comportamento dos fluidos que trouxe conhecimentos básicos novos para os alunos. A felicidade das crianças em entender é visível.” Ele conta que aprendeu muito ao explicar conteúdos complexos de forma simples para que crianças e adolescentes consigam compreendê-los.