CT recebe alunos dos Ensinos Fundamental e Médio terem contato com a pesquisa universitária
Por Rebecca Henze – Setor de Comunicação da Decania do CT
Nos dias 16, 17 e 18 de outubro, o Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ recebeu a 21ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) com o tema “Biomas do Brasil e Mudanças Climáticas”. Voltado para a recepção de alunos do ensino básico, o evento apresentou mais de 80 projetos de extensão e pesquisa da UFRJ. Além disso, um diferencial desta edição foi a oferta de visitas guiadas aos laboratórios da universidade.
Promovida pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) e organizada na universidade pela Pró-Reitoria de Extensão (PR-5), o número de escolas visitantes cresceu quando comparado ao ano passado, alcançando mais de 3000 alunos e mais de 36 escolas apenas no primeiro dia.
Barbara Tavela, responsável na PR-5 pela organização do evento, conta que se emociona vendo a reação das crianças menores ao chegar na visita: “Um aluno chegou e falou para a professora: ‘nossa, mas a Universidade é tão grande?’ Como ele era de uma cidade pequena próxima ao Rio, nunca tinha visto uma faculdade desse porte antes.”
Entre os estandes, projetos das mais variadas áreas de conhecimento mostram suas pesquisas e estudos de forma lúdica e acessível aos pequenos. Dessa forma, o contato com o meio científico da universidade se torna mais simples e mais atrativo para crianças contribuindo para que vislumbrem um futuro acadêmico.
Foto: CT
A Profª Bernadete Pierre coordena o projeto “Consciência Farmacêutica”, e estava responsável pelo estande de conscientização sobre cigarro eletrônico: “Foi um pedido de uma escola, o tema é voltado para os jovens, justamente para conscientizá-los sobre o vício no cigarro eletrônico, que é pior que o cigarro normal. Senti as crianças interagindo bastante e contando histórias de fumantes em suas famílias”.
Já no espaço “Magia da Matemática”, as professoras Nedir Espírito Santo e Maria José Pacífico transformavam conceitos complexos da matemática em brincadeiras interativas e jogos de raciocínio lógico. “Na formação dos graduandos a gente tem o princípio de colocar a possibilidade dele atrair o aluno para a matemática através de métodos diferenciados de aprendizagem, como jogos e atividades”, conta Nedir. “Através do lúdico, você introduz conceitos de matemática mais complexos do que eles podem imaginar”, complementa Maria.
O projeto “Ciências e Cognição” chamou a atenção das crianças para os capacetes de cérebro que pintavam na hora. Voltado para entender como as emoções e ações afetam o cérebro humano. Apesar de não ser sua primeira participação no evento, Vander Guimarães, estudante de Biofísica, conta que se entusiasma vendo a interação das crianças com a exposição.
Os computadores também invadiram a temática dos biomas! Luiza Barroso, estudante de Ciências da Computação, apresentou o “Minerva Digitais”, que traz programação objetiva para a exposição. No estande eles mostram como podem usar a tecnologia para identificar o impacto do nosso consumo no meio ambiente. Mariana Fonseca e a Eduarda Feijole cursam Engenharia Química e representam a “for_code”. A Liga Acadêmica foi criada para suprir a falta de estudos de programação na Escola de Química, e cresceu ao ponto de alcançar mais de 50 membros. Com uma diretoria majoritariamente feminina, elas levaram para a SNCT jogos desenvolvidos pelos próprios alunos e maneiras intuitivas das crianças terem contato com essa linguagem.
O projeto “Macroalgas e Biodiversidade” marcou presença na SNCT com o jogo que resume os estudos de diferentes tipos de algas, abordando o bioma marinho costeiro e o impacto das algas nele. Bruno Cirqueira coordena o projeto e comentou como a curiosidade das crianças chama a atenção: “As crianças pequenas são as mais interessadas e curiosas”.
O Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ deu sua contribuição com o estande em parceria com o Coletivo Casa de Cultura e Saber Ancestral Toca do Boi. O projeto “Quilombinho Literário” promoveu uma sessão de história sobre algumas manifestações culturais, além da fabricação das máscaras de boi para servirem de lembrança aos pequenos. “Eles entendem cultura como ciência”, conta Taísa Eduardo, representante do coletivo, ao falar sobre o interesse do Fórum em unir o Coletivo ao saber universitário. O objetivo é atrelar a cultura a alguns biomas brasileiros, por meio das histórias das regiões, principalmente sobre o boi.