Primeiro Simpósio de Sustentabilidade e Educação Regenerativa mostra compromisso da UFRJ com ambientação curricular, estímulo à reflexão, mudanças de hábitos e soluções coletivas para desafios ambientais
Por Erica Gomes – Fonte: www.ufrj.br
Teve início nessa terça-feira, 2/9, o 1º Simpósio de Sustentabilidade e Educação Regenerativa (SER) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), no Auditório CGTEC-CT2, na Cidade Universitária. Durante os dois dias de evento, especialistas, pesquisadores, gestores e estudantes estarão reunidos em prol da construção coletiva de uma Universidade mais sustentável, ética e regenerativa. Na programação, palestras inclusivas, mesas temáticas, intervenções artísticas, momentos de trocas de experiências e propostas. A mesa de abertura, presidida pelo reitor da UFRJ, Roberto Medronho, foi composta pelo coordenador-geral do SER, Francisco Esteves, e pela coordenadora do encontro, Jussara Miranda.
Antes do anúncio do corpo solene, houve a apresentação do Grupo de Pesquisa Partitura Encenada, vinculado ao Programa de Ensino, Pesquisa e Extensão em Dança da Universidade. Após os aplausos da performance, vieram os agradecimentos pelo apoio recebido por meio do corpo social, técnico e da administração central. Colaboração que, de acordo com Esteves, tem sido fundamental para que a coordenação e a equipe do SER articulem, junto à comunidade universitária, o início de uma frutífera jornada:
“Agradecido, lembro que uma das primeiras ações do reitor, após tomar posse, foi montar um grupo de trabalho heterogêneo e interdisciplinar de sustentabilidade, com integrantes de todos os centros. Posteriormente, tivemos que reduzir o GT, mas seguimos conversando com os centros e órgãos administrativos, fazendo apresentações mais detalhadas e também o levantamento de ações e projetos que já existiam, porém de forma isolada. O que faltava era uma política para integrar essas iniciativas que surgiam na Universidade. E assim, trabalhando bastante, conseguimos conjuntamente construir uma política robusta para a UFRJ, que tem a educação como eixo da sustentabilidade. Esse é o nosso diferencial”, frisou o coordenador-geral do SER.

Um diferencial robusto
Robustez e diferencial que fizeram com que o Conselho Universitário (Consuni) aprovasse, por unanimidade, a referida política, denominada como SER/UFRJ, na sessão do dia 12/12/2024. O acrônimo para sustentabilidade e educação regenerativa nomeia, ao mesmo tempo, a coordenação e a política de sustentabilidade institucional, cujos conceitos, princípios e diretrizes, por meio de valores e práticas, progressivamente estão sendo integrados às atividades de ensino, pesquisa, extensão, inovação, gestão, governança, planejamento e gerenciamento de projetos e obras na UFRJ:
“Convidamos todos à reflexão sobre esse par: sustentabilidade e educação regenerativa. Aquela educação, que passa para além da sustentabilidade, que é holística, ecossistêmica, que fala de todas as espécies em equilíbrio e daquilo que é necessário restaurar. É uma educação em que a gente precisa ser também pioneira na UFRJ. Não vamos conseguir caminhar na sustentabilidade sem uma educação regenerativa, sem uma educação que seja abrangente a todas as fases. Neste simpósio, temos palestras que, por exemplo, abordam a sustentabilidade, a importância da ambientalização curricular. Como nós vamos inserir essa discussão nos currículos das nossas disciplinas de graduação e de pós-graduação? Quais são as estratégias com que a UFRJ vai contribuir para o enfrentamento dos desastres ambientais?”, questionou Jussara Miranda.

Educação como estratégia
Para Medronho, o enfrentamento dos impactos ambientais, econômicos e sociais decorrentes das mudanças climáticas se faz por meio das mudanças nos hábitos de vida dos cidadãos e das sociedades. Neste quesito, sem dúvida, a UFRJ tem muito com o que colaborar:
“É fundamental educar, já que a educação é o motor principal para o progresso. Nelson Mandela já tinha dito que a educação é a mais poderosa arma para mudar o mundo. Ao criar uma política moderna de sustentabilidade e educação regenerativa, a UFRJ, mais uma vez, se torna protagonista de uma importante ação de grande alcance científico e social. Através de propostas concretas e objetivas, que estão sendo discutidas e implementadas no âmbito da Coordenação, não há dúvidas de que elas resultarão em maior sustentabilidade, inclusive financeira, para nossa Universidade. Uma política de sustentabilidade com foco em educação regenerativa hoje significa reconciliar sociedade e natureza, garantindo que cada geração aprenda não só a mitigar os impactos, mas a recriar condições para que a vida floresça cada vez mais e melhor na nossa sociedade”, finaliza o reitor.

Aqueles que quiserem conferir, na íntegra, as atividades de quarta-feira, 3/9, do 1º Simpósio de Sustentabilidade e Educação Regenerativa (SER) da UFRJ podem consultar a programação pelo link https://ser.reitoria.ufrj.br/1o-simposio-sustentabilidade-e-educacao-regenerativa-da-ufrj/. Lembrando que, aos participantes inscritos, será conferido certificado, tanto aos que forem presencialmente quanto aos que assistirem pela internet pelo canal oficial da UFRJ: https://www.youtube.com/@UFRJ_oficial.