Minerva Acendere brilha na competição internacional China – Latin America Challenge to Alleviate Poverty
Por Assessoria de Comunicação da Escola Politécnica da UFRJ – Fonte: www.poli.ufrj.br
Formada por estudantes da Escola Politécnica da UFRJ e do Instituto de Computação da UFRJ, a Minerva Acendere conquistou o terceiro lugar na competição internacional China – Latin America Challenge to Alleviate Poverty, promovida pela Universidade Tsinghua, da China, em parceria com a UFRJ, PUC-Chile e Universidad del Pacífico. O desafio reuniu 102 equipes e propôs que os participantes desenvolvessem projetos voltados à redução da pobreza sob diferentes aspectos. A final aconteceu em 15 de agosto, com apenas 12 equipes selecionadas para a etapa decisiva.
Composta por quatro alunos da graduação em Engenharia de Petróleo (Douglas de Almeida, Gilles Dias, Juliana Magaton e Pedro Azevedo) e uma aluna da graduação em Ciência da Computação (Giovana Aguiar), a equipe representou a UFRJ com um projeto focado na mitigação da pobreza energética.
O grupo partiu da constatação de que, em muitas comunidades de baixa renda, a precariedade no acesso à energia elétrica leva moradores a recorrer a ligações clandestinas — os chamados “gatos”. “Essa prática, embora compreensível diante da urgência de necessidades básicas, compromete a segurança das residências, danifica eletrodomésticos, sobrecarrega o sistema elétrico e afasta investimentos das concessionárias, perpetuando um ciclo de exclusão e desigualdade social”, contou Juliana Magaton, aluna da Escola Politécnica e integrante da equipe.
Inspirados pelo “Rap da Felicidade”, clássico do funk carioca que expressa o clamor por dignidade nas favelas, os estudantes desenvolveram uma solução baseada em microrredes. O projeto propõe a instalação de painéis solares nos telhados das casas, conectados a baterias, que compõem uma unidade central de armazenamento. A ideia é que a energia gerada durante o dia supra o consumo imediato e também alimente as baterias, garantindo fornecimento contínuo durante a noite. Além disso, o projeto prevê a geração de empregos locais na implantação e manutenção do sistema.
Durante o desenvolvimento do projeto, os estudantes contaram com orientação de mentores como o professor José Orlando Gomes (UFRJ), Vitor Libanio (Vale), Antônio Claret (Wise Responder) e William Guey e Haitao Wang (Tsinghua University).
Apesar da bonificação concedida a equipes multinacionais, a Minerva Acendere se destacou entre os finalistas como o único time composto exclusivamente por estudantes brasileiros — todos da UFRJ. O primeiro lugar ficou com uma equipe da Universidade Tsinghua, enquanto a segunda colocação foi compartilhada por duas equipes formadas por estudantes brasileiros, chineses e peruanos.
“Acredito que o que mais motivou o grupo a trabalhar duro por semanas tenha sido o possível impacto social do nosso projeto. Eu me lembro que, logo que eu entrei na faculdade, na palestra de recepção dos calouros, escutei que um bom profissional é aquele que usa seu conhecimento para aumentar o bem-estar de sua comunidade. E certamente foi com isso em mente que elaboramos nosso projeto”, avaliou a aluna da Escola Politécnica.