Desafio Solar Brasil: projeto de extensão reúne o amor pelas embarcações movidas a energia solar e o espírito competitivo universitário

Etapa foi realizada em Macaé, entre os dias 20 e 26 de outubro, e contou com dez equipes

Clara Kuri – Setor de Comunicação da Decania do CT

O Desafio Solar Brasil (DSB), projeto de extensão do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides) do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ, organiza competições de barcos movidos a energia solar e promove a troca de saberes não só entre alunos e professores da UFRJ, mas também de outras instituições de ensino do Brasil. Além de estimular a competição e a sustentabilidade, o projeto visa o aprimoramento pessoal dos estudantes na construção, supervisão e aperfeiçoamento de embarcações. Com participantes em diferentes partes do país, o DSB abrange uma diversidade enorme de cargos e funções. Cada equipe funciona como uma empresa completa e possui engenheiros, setores financeiro, administrativo e logístico e até assessoria de imprensa na área de comunicação.

O projeto surgiu por iniciativa do Fernando Amorim, professor da Engenharia Naval falecido em 2012, mas que em 2008 participou de uma competição de barcos movidos a energia solar na Holanda,onde havia embarcações da Europa inteira. A equipe brasileira ficou em quarto lugar e ganhou o prêmio revelação. Ao retornar para a UFRJ, Fernando decidiu reproduzir o evento em escala nacional. Por ser coordenador do polo náutico da universidade, ele conseguiu patrocínios para montar a estrutura para o evento. Desde 2008, há uma competição anual em escala nacional e, dependendo dos patrocinadores da época, há também torneios regionais.

Barcos solares da competição DSB – Foto: DSB

Vale ressaltar que o DSB, apesar de abranger em sua grande maioria equipes de universidades, também engloba as de estudantes do ensino médio. Atualmente, há três escolas que ingressaram na competição, o Centro Integrado de Educação Pública Ministro Hermes Lima Brasil-Turquia, de Duque de Caxias, a Escola Técnica Estadual Henrique Lage, de Niterói e o Colégio Municipal Paulo Freire, em Búzios.

Este ano, a competição foi realizada em Macaé, no Norte Fluminense, entre os dias 20 e 26 de outubro, e contou com dez equipes no total, sendo elas do Rio de Janeiro, Santa Catarina e Espírito Santo. Originalmente, equipes das federais do Pará e Amazonas também iriam participar, contudo, houve um problema envolvendo o avião que iria trazer estes alunos do norte do país, o que fez com que os dois times não pudessem comparecer à disputa. A grande vencedora de 2025 foi a “Araribóia” da Universidade Federal Fluminense (UFF). Em segundo lugar, ficou o time “Sete Capitães” do Instituto Federal Fluminense (IFF) e em terceiro a equipe “Hefesto”, também do IFF.

Equipe Araribóia da UFF foi a grande vencedora do DSB etapa Macaé – Foto: DSB
Equipe Sete Capitães do Instituto Federal Fluminense ficou em 2º lugar na competição – Foto: DSB
Equipe Hefesto também do IFF ficou com o 3º lugar – Foto: DSB

Para Pedro da Silva, estudante de Engenharia Naval, foi ótimo fazer parte da comissão de regata do Desafio Solar Brasil – Etapa Macaé 2025. O evento proporciona uma experiência ímpar de intercâmbio cultural e tecnológico entre os alunos das diversas universidades participantes, além de proporcionar novas amizades e ampliar o networking por todo o país. “Foi incrível ver mais de 200 pessoas participando do DSB e não poderia deixar de mencionar o ambiente de prova, escolhido a dedo, que tornou tudo ainda melhor: a Lagoa de Imboassica, com seu visual paradisíaco e uma pequena praia dupla, uma voltada para o mar e outra para as águas tranquilas da lagoa, abrilhantou essa etapa da competição”, concluiu Pedro.

O Desafio Solar Brasil segue enriquecendo e transformando a vida de jovens estudantes e professores através da ciência, inovação e trabalho em equipe.