Conheça a Agência de Inovação, elo de difusão e proteção intelectual da Universidade
Por Carolina Correia
Conhecimento e inovação andam juntos na UFRJ. As pesquisas desenvolvidas por professores, técnicos-administrativos e estudantes geram, todos os anos, produtos e serviços que podem ajudar a sociedade a solucionar diversos problemas. Novos fármacos mais potentes, peças para meios de transporte mais modernos, tintas mais seguras para o meio ambiente são algumas das tecnologias com que a Agência de Inovação da UFRJ vem trabalhando atualmente.
Criada em 2007, a iniciativa é voltada para a aplicação e difusão dos aspectos da inovação dentro da Universidade, lidando diretamente com atividades de propriedade intelectual e transferência de tecnologia. Flávia do Carmo, coordenadora da Agência e professora do Instituto de Microbiologia Paulo de Goés (IMPG), explica que, entre as atribuições da unidade, estão o gerenciamento dos processos de proteção do conhecimento oriundos de pesquisas acadêmicas, a organização de processos de licenciamento de tecnologias e a articulação de parcerias entre empresas e a UFRJ, de modo que o conhecimento produzido na instituição possa, de fato, chegar à sociedade.
“Também é nossa atribuição articular projetos inovadores nas áreas de empreendedorismo e inovação social, promovendo convergências que mostram que a inovação pode acontecer em qualquer área de atuação, e não apenas quando se fala em tecnologia de ponta”, diz a coordenadora.
A Agência se divide em três setores principais − Propriedade Intelectual, Transferência de Tecnologia e Desenvolvimento da Cultura da Inovação − além dos setores de apoio. O primeiro deles é responsável pelo gerenciamento da propriedade intelectual gerada na UFRJ. Carmo afirma que nem toda pesquisa justifica o patenteamento, mas, quando a invenção tem um potencial de mercado, é necessário que se realize sua proteção. “A Agência conta com uma equipe técnica especializada, responsável pelos depósitos de patentes, registro de software, marca e desenho industrial”, declara.
O setor de Transferência de Tecnologia, por sua vez, é responsável por realizar o objetivo final de grande parte das ações de inovação, principalmente as relacionadas à proteção do conhecimento. É por meio de mecanismos como licenciamentos e contratos de parcerias que a Agência contribui para que os produtos e processos pesquisados na Universidade gerem inovações que beneficiem a sociedade. “Por meio de catálogos com as principais informações e vantagens de cada produto, a Agência busca os parceiros mais adequados para desenvolver ou licenciar cada produto ou processo”, explica a professora.
Já o setor de Desenvolvimento da Cultura da Inovação fomenta ambientes que promovam a reflexão crítica e a experimentação, como exercícios práticos e constantes em torno da temática da inovação, articulando atores em um projeto.
“Essa articulação ganha distintas formas de atuação, uma vez que se adapta a cada empreendimento apoiado, alterando, assim, o tipo de papel exercido, direcionando os caminhos institucionais a seguir, contribuindo para o planejamento de um projeto já existente, ou auxiliando no desenvolvimento de ideias em construção”, comenta Carmo.
Com foco na produção da comunidade acadêmica, a Agência também presta suporte a inventores independentes e ao público externo interessado na aquisição de alguma das tecnologias desenvolvidas na Universidade. “Trabalhamos intensamente com os atores internos e externos do ecossistema de inovação de forma que o sistema inovativo seja colocado em prática e que conhecimento, pesquisa e desenvolvimento produzidos na Universidade gerem inovação, contribuindo para todo o sistema de inovação econômico e social do país”, conclui.
Saiba mais sobre algumas das tecnologias desenvolvidas na UFRJ no site da Agência de Inovação.
Fonte: www.ufrj.br