Conheça a MinervaBots, equipe de robótica da UFRJ que viaja o Brasil e o mundo competindo com robôs feitos pelos próprios alunos
Por Eduardo Cassar – Fonte: www.ufrj.br
Mais de 18 mil quilômetros separam a Ilha do Fundão e a cidade de Tóquio, local em que a equipe de robótica da UFRJ, a MinervaBots, alcançou sua conquista mais recente: vencer uma competição no país que é exemplo na modalidade. Em dezembro do ano passado, as alunas Anne Victória Rodrigues da Costa, de Engenharia Mecânica, e Lígia Calina Bueno Bonifácio, de Engenharia Eletrônica e da Computação, foram campeãs mundiais no Torneio de Sumô Robô. O robô da equipe, apelidado de Zé Pequeno, teve o melhor desempenho dentre as mais de 63 nacionalidades participantes. Apesar das vitórias recentes, a história de Zé Pequeno nas arenas se confunde com o próprio surgimento da equipe, que já soma 13 anos de atividade.
Criada em 2012, a equipe utiliza o conteúdo teórico aprendido em sala de aula para confecção de robôs que participam, nacional e mundialmente, de competições de robótica. No total, já conta com mais de 50 alunos, tanto da graduação como da pós-graduação, e participa de nove categorias em torneios diversos. No melhor estilo “UFC”, o combate de robôs possui categorias divididas por peso e tamanho. A Minerva se destaca em quatro delas: combate, sumô, trekking e seguidor de linha. Na categoria de combate, na qual o objetivo é destruir ou danificar o aparelho do adversário, a equipe soma sete troféus. Na categoria disputada por Anne e Lígia, apelidada de sumô mini, vence aquele que retirar primeiro o rival da arena. Só nessa modalidade a Minerva acumula 10 aparições no pódio, sendo três delas no primeiro lugar.
A equipe hoje é liderada por Micaela Luz, aluna de Engenharia Eletrônica e da Computação, e Ryan Sales, do curso de Engenharia de Controle e Automação. Como líderes, são eles que coordenam os responsáveis pelos projetos de cada aparelho de competição. “Não tem ninguém que possua um robô só seu, é uma divisão de responsabilidade entre outros membros”, explica Micaela. “Temos membros que olham o que precisamos para subir nas competições, e isso é passado para todos os membros que trabalham com um robô.”
Essa troca entre líderes e competidores trouxe melhorias para a equipe, principalmente em competições internacionais. Segundo Ryan, os torneios fora do país mostraram para a equipe o que eles precisavam melhorar. Deparar-se com países que possuíam eletrônica mais avançada e robôs mais desenvolvidos foi um incentivo para os alunos da UFRJ. “Passamos isso tudo para nosso pessoal no Brasil. Todos perguntavam sobre os robôs gringos e acabávamos conversando sobre os avanços que a gente viu lá fora. Isso de certa forma culminou na vitória no Japão.”
Em dezembro do ano passado, a MinervaBots colheu os resultados do contato com equipes internacionais. Foi quando Anne Vitória e Lígia Calina venceram o Torneio de Sumô Robô em Tóquio que o resultado da troca com outros países se tornou mais visível. Elas representaram a equipe com o robô Zé Pequeno, que concorreu na categoria mini da competição. A equipe da UFRJ superou o mexicano Fiebre, um dos melhores do mundo, e competiu na final contra uma equipe japonesa, país que é referência mundial quando o assunto é tecnologia. O robô vencedor está na equipe há mais de uma década, e diversos ex-alunos já trabalharam para aprimorar a máquina. Para Lígia, essa vitória é uma coroação a todos que trabalharam no projeto de Zé em 13 anos de história.
A cada período, a MinervaBots abre inscrições do seu processo seletivo para alunos de qualquer curso, de graduação e da pós-graduação, que tenham ou não experiência prévia. Cerca de 100 alunos se inscrevem semestralmente e participam de atividades como cursos de capacitação, entrevistas e dinâmicas em grupos. Ao final, os candidatos são divididos entre as equipes de Eletrônica e Programação, Marketing, Mecânica e Administração. Para acompanhar a próxima chamada de inscrições, confira o site oficial da equipe e siga as redes sociais da Minerva no LinkedIn e Instagram.