Workshop vai conectar empresas a estudantes e pesquisadores no Centro de Tecnologia nos dias 11/07 e 12/07
Por Rebecca Henze – Setor de Comunicação da Decania do CT
Nos dias 11 e 12 de julho, das 9h às 17h, o Auditório da Coppe/UFRJ vai receber o III Workshop Algicultura na Baía da Ilha Grande. Com o tema “Conquistas e desafios dessa bioeconomia do mar”, o workshop vai abordar os painéis temáticos: Pesquisa e Inovação; Negócios e Gestão; Bioeconomia e Desenvolvimento Territorial; Fomento; Licenciamento e Oceano; Bioinsumo Agrícola; e Aplicações: bioplásticos, nutrição na aquicultura, gastronomia e cosméticos. O evento será presencial e será uma oportunidade para os visitantes participarem dos debates e garantirem o networking com outros pesquisadores da área. As palestras terão transmissão ao vivo.
Vinculado ao Programa Tecnologia Social e Ciências do Mar (TSCM) do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides), à Escola Química (EQ/UFRJ) e ao projeto Algicultura na Baía da Ilha Grande, o evento espera receber cerca de 250 pessoas e contará com estandes de apresentação de produtos e empresas. Segundo a professora Ana Lúcia Vendramini, organizadora do workshop: “O público alvo são profissionais do setor, investidores interessados em conhecer novas áreas de negócios, pesquisadores e estudantes com gana para conhecer coisas novas e contribuir com o desenvolvimento sustentável, com produtos naturais e benéficos para a saúde humana e do planeta.”
Vendramini conta também que essa é a terceira edição do workshop e que as primeiras edições tiveram objetivos diferentes. A primeira edição aconteceu em 2022, em Paraty, e Ana Lucia complementa: “este encontro foi para dar visibilidade aos benefícios do trabalho com algas, já o segundo foi para fortalecer a cadeia produtiva, após termos formado 87 algicultores em nosso curso de algicultura e termos quatro empresas que estão usando macroalga Kappaphycus alvarezii. Essas empresas estarão nesse evento e vamos abordar quais são os desafios para essa área de negócio crescer, então por isso o evento é para dar visibilidade, para a gente trazer mais pesquisadores, trazer novos estudantes. Trazer pessoas interessadas em criar negócios que envolvam essa alga.”
Todos os palestrantes são pesquisadores de destaque como o Dr. Wagner Cotroni Valenti, biólogo, com mais de 200 artigos científicos e livros em Aquicultura, professor do PPG do Centro de Aquicultura da UNESP; Dr. Marciel Stadnik, agrônomo, professor titular da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) com pesquisas em fitopalogia e utilização de macroalgas marinhas na agricultura; e o Dr. Andres Calderin, químico, professor do Departamento de Solos da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ).
O workshop contará com representantes das empresas da algicultura como a AlgasBras, AlgasTech, Rancho Ayres, BiomAzul, Associação dos Maricultores de Paraty
(AMAPAR) e a Fazenda Camiranga, além da Fazenda Santo Antônio que apresentará experiências da aplicação do extrato de algas na agricultura e a TechWise com serviços de digitalização do cultivo ao consumo de algas. Entre as palestras, haverá representantes da Fundação Instituto de Pesca do Estado do Rio de Janeiro (FIPERJ), Fundação Carlos Chagas Filho de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio de Janeiro (FAPERJ), EMBRAPA, Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (FUNBIO), Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), Ministério de Desenvolvimento Agrário (MDA), Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento do RJ (SEAPA-RJ), Associação Brasileira das Indústrias de Tecnologia em Nutrição Vegetal (Abisolo) e Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado do Rio de Janeiro (SESCOOP), além da Agência de Inovação do Exército (AGITEC), associação de startups RISE e o setor de inovação da L’Oréal.
Ana Lúcia Vendramini também comenta da onde surgiu o fomento para o workshop: “A cadeia produtiva da macroalga Kappaphycus alvarezii ainda não está consolidada, requer incentivo às pesquisas; velocidade na regulamentação de áreas de cultivo; aumento do número de pessoas habilitadas para o cultivo e de pesquisadores para melhor aproveitar o potencial da alga e desenvolver novos produtos e processos. O evento vem dar luz a um movimento mundial de cultivo de algas em contraposição a extração predatória. Visa divulgar uma nova área de negócio em consonância com as demandas de sustentabilidade.”