A autobiografia de Luiz Pinguelli Rosa, Professor Emérito e ex-diretor da Coppe/UFRJ, será lançada na próxima segunda-feira, 13 de junho.
Por Assessoria de Comunicação da Coppe/UFRJ
Memórias de Vargas a Lula: a resistência à ditadura e ao neoliberalismo é o título do livro, editado pela Contraponto, e escrito pelo saudoso professor falecido em 3 de março aos 80 anos. O lançamento será, às 18h30, na livraria Argumento, na rua Dias Ferreira, 417, no Leblon.
Na obra, Pinguelli resgata memórias de sua infância, no Centro do Rio de Janeiro, onde morava e trabalhava na alfaiataria do pai, Avilla Rosa, o qual define como um “alfaiate-filósofo-político”. O Rio era então capital do Brasil e a política “fervia”. Pinguelli adorava ouvir as conversas dos clientes que frequentavam o local, e diz que parte de sua formação deve-se a essas conversas sobre política na alfaiataria do pai. Na época, mal sabia ele que tal aprendizado lhe seria de grande valor em momentos decisivos de sua trajetória.
O autor relata sua passagem pelo Exército, no qual chegou a Capitão, suas dissidências e decepções. Foi preso por manifestar-se contra o golpe militar de 1964 e mais tarde internado em um hospício como represália. Ingressa na Coppe, onde foi eleito cinco vezes diretor. Na academia, Pinguelli se encontra. Expressa livremente suas críticas ao projeto nuclear brasileiro, à globalização, às privatizações, e à submissão ao neoliberalismo que descreve como “barbárie que assolou a humanidade, inclusive o Brasil”.
Com sinceridade e elegância fala sobre o período no qual presidiu a Eletrobras, no primeiro governo do presidente Lula, o choque de ideias e sua saída da empresa, assim como os anos no qual foi secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, cujas reuniões eram presididas pelos presidentes Lula e depois Dilma, reunindo ministros e colaboradores de diferentes pastas.
A obra apresenta um observador atento e curioso, que discorre de evidências científicas e episódios da história da Ciência a características e peculiaridades de países e cidades pelas quais passou; um admirador da música popular brasileira, cujas letras foram escolhidas com esmero para iniciar capítulos e ilustrar a abertura de capítulos de sua autobiografia. Revela também um homem generoso, que cita amigos, parceiros, colegas, pessoas conhecidas e mesmo desconhecidas que cruzaram o seu caminho e ou participaram de lutas por causas importantes, vitoriosas ou não; um homem sincero, um idealista.
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