Em sua centésima temporada, a orquestra traz o romantismo do século XIX para a quarta apresentação do ano
Por João Guilherme Tuasco – Fonte: www.ufrj.br
Para celebrar o centenário que ocorre em setembro de 2024, a Orquestra Sinfônica da Universidade Federal do Rio de Janeiro (OSUFRJ) inicia a temporada anual com atividades gratuitas. Na quinta-feira, 16/5, a OSUFRJ fará um concerto no Salão Leopoldo Miguéz, da Escola de Música, às 19h. Sob a regência de André Cardoso, alunos e técnicos da Universidade executarão obras de grandes nomes do romantismo do século XIX, como Giuseppe Verdi. O espetáculo também contará com a participação do aluno João Marcos Moreira, que fará um solo de flauta.
Os músicos tocarão obras de Giuseppe Verdi, Cécile Chaminade e Johannes Brahms. A abertura de “I Vespri Siciliani”, composta por Verdi, é uma das mais extensas do compositor e estruturada a partir dos temas musicais da própria ópera. Já o Concertino para flauta, de Chaminade, traz o equilíbrio junto à expressividade. A composição foi produzida a partir de uma encomenda do Conservatório de Paris e entrou rapidamente no repertório dos grandes flautistas. Finalizando o programa, a orquestra apresentará a Sinfonia nº1 op.68, de Brahms, uma das grandes obras orquestrais produzidas no século XIX e a única sinfonia do compositor com introduções lentas e um solo de violino.
Apesar de trazer composições de músicos europeus, André Cardoso, regente e diretor artístico da orquestra, afirma que uma das características da OSUFRJ, desde sua fundação, é a “valorização da produção musical brasileira de todos os tempos”. Nesses 100 anos, mais de 200 obras brasileiras já foram apresentadas pelo conjunto em estreia mundial.
A orquestra é a mais antiga fundada no Rio de Janeiro. A equipe é formada por 47 músicos técnicos-administrativos em educação e agrega, durante o ano, estudantes de Graduação e Pós-Graduação em Instrumentos, Composição e Regência. “Como conjunto destinado ao apoio de atividades acadêmicas, a Orquestra Sinfônica da UFRJ é um organismo artístico em que são desenvolvidos os trabalhos relacionados à prática orquestral em diferentes níveis”, afirma André Cardoso, regente e diretor artístico do grupo.
Além do caráter educacional, as apresentações fazem parte da extensão universitária, como uma maneira de devolver à sociedade o que é aprendido na UFRJ. A orquestra também confecciona partituras, executa e grava obras novas ou antigas, fortalecendo a memória musical brasileira.
*Sob supervisão do jornalista Sidney Rodrigues Coutinho.