Reitoria criou grupo de trabalho para desenvolvimento de políticas internas pela equidade de gênero
Por Victor França
A igualdade de gênero é uma das metas para um planeta mais sustentável. Até 2030, espera-se que a humanidade alcance essa igualdade e empodere mulheres e meninas. Esse é um dos 17 objetivos dentre o conjunto de metas a serem cumpridas pelos 193 países das Organizações das Nações Unidas (ONU) até o início da próxima década. Com a intenção de cumprir o objetivo na UFRJ, a Reitoria criou recentemente o Grupo de Trabalho (GT) Parentalidade e Equidade de Gênero.
Segundo a professora Gizele Martins, do campus Macaé e que coordena o GT, a iniciativa é crucial para a comunidade universitária.
“A importância de instituir esse grupo é discutir e propor ações destinadas à promoção da igualdade de gênero no âmbito da UFRJ. Isso será possível através de políticas internas que respaldem e apoiem condições com base na equidade de gênero, considerando diversas pesquisas e estudos científicos que apontam as disparidades entre homens e mulheres, especialmente mães, no contexto universitário”, afirma Gizele.
“Em um momento em que as desigualdades sociais ficaram em evidência, a criação de um GT sobre parentalidade e equidade de gênero, tendo sua origem em um movimento docente e acolhido pela Reitoria, demonstra o compromisso com ações de responsabilidade social da UFRJ enquanto instituição de ensino, pública e gratuita”, continua a professora.
São objetivos do GT:
- Discutir e propor políticas de apoio à parentalidade, especialmente a maternidade, para docentes, servidoras técnico-administrativas e discentes no âmbito da Universidade.
- Dialogar com a comunidade acadêmica sobre o viés implícito e a construção de estereótipos de gênero que representem barreiras à participação feminina nas diversas áreas do conhecimento e espaços de decisão.
- Propor políticas de incentivo à participação feminina, em particular à ocupação de cargos de liderança nas diferentes esferas da Universidade, incluindo ensino, pesquisa, extensão, gestão e governança.
- Propor políticas de apoio à pluralidade e diversidade nos espaços acadêmicos, visando ao aumento da participação de grupos sub-representados em critérios de gênero e sexualidade.
- Incentivar a igualdade de gênero na composição de comissões de avaliação e instâncias decisivas dentro da Universidade.
Resultados esperados
“Esperamos condições mais equânimes de trabalho e estudo, considerando as desigualdades de gênero e as consequentes assimetrias que são estruturantes da nossa sociedade. Esperamos, ainda, difundir os dados de pesquisas e dar visibilidade às mulheres no âmbito universitário, sejam elas discentes, docentes ou técnicas-administrativas. Esperamos também mudanças nas estruturas físicas que comportem a ida de cuidadores nas instalações da UFRJ com crianças, tais como fraldário, sala de amamentação, área de convivência e refeição infantil”, destaca Gizele.
Composição
O GT é composto por integrantes de todo o corpo universitário. Quase em sua totalidade formado por mulheres, o grupo conta com a assessoria externa de Letícia de Oliveira, professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e integrante do Parent in Science (Mães e Pais na Ciência, em português) e do GT Mulheres na Ciência/UFF. Todos os embaixadores do Parent in Science que são vinculados à UFRJ compõem o GT.
Fonte: www.ufrj.br