Prêmio Inventor Petrobras 2024: CT é destaque

Professores da Escola de Química, do Instituto de Macromoléculas e da Coppe foram premiados nas categorias patentes ou descobertas

Por Rebecca Henze – Setor de Comunicação da Decania do CT

O Prêmio Inventor Petrobras 2024 premiou professores da Escola de Química da UFRJ, do Instituto de Macromoléculas Professora Eloisa Mano (IMA) e da Coppe/UFRJ no CENPES no dia 29/04. Os contemplados são Argimiro Secchi, professor do Programa de Engenharia Química da Coppe (PEQ/Coppe) e do Programa de Pós-graduação em Engenharia Química de Processos Químicos ou Bioquímicos (EPQB) da Escola de Química (EQ/UFRJ), o Maurício de Souza, professor da EQ; Ana Mehl, professora da EQ e pesquisadora do Laboratório de Recuperação Avançada de Petróleo (LRAP/Coppe); Amanda Loreti Hupsel, doutoranda do PEQ/Coppe; Bruno Cavalcante Mota, doutorando do PEC/Coppe; Cláudia Regina Mansur, professora do Instituto de Macromoléculas (IMA/UFRJ) e do Programa de Engenharia Metalúrgica e de Materiais (PEMM/Coppe); Claudio Harbert, professor do PEQ/Coppe; Cristiano Borges, professor do PEQ/Coppe; Felipo Doval Soares, doutor pelo PEQ/Coppe, em 2023; Frederico Kronemberger, professor do PEQ/Coppe; José Carlos Pinto, professor do PEQ/Coppe; Júlia do Nascimento Nogueira, ex-pesquisadora do PEQ/Coppe e atual analista de negócios da Deloitte Brasil; Mariana Teixeira Mendes, doutoranda do PEMM/Coppe; Mariluce Ubaldo, engenheira civil do Programa de Engenharia Civil (PEC/Coppe); Maurício Bezerra Júnior, professor da EQ e do PEQ/Coppe; Rafael Marinho Soares, doutor pelo PEQ/Coppe, em 2022; Suzanny Paiva de Carvalho, pesquisadora do PEMM/Coppe; Thiago Aragão, professor do PEC/Coppe e Tiago Silva Lemos, ex-pesquisador de pós-doutorado do PEQ/Coppe e atual engenheiro de Processamento da Petrobras. 

O professores Argimiro Secchi do Programa, Maurício de Souza e Ana Mehl, receberam o prêmio como reconhecimento à expertise técnica, à competência e ao trabalho colaborativo entre pesquisadores de centros de inovação parceiros e pesquisadores da Petrobras e o potencial impacto da inovação, em âmbito nacional, para o setor de óleo e gás. Os demais pesquisadores contemplados atuaram no desenvolvimento de um total de oito tecnologias.

O Prêmio Inventor Petrobras contribui para a visibilidade do pesquisador e da universidade, além de reconhecer o trabalho e o empenho do professor. Todos os pesquisadores, internos e externos da Petrobras, que participaram do processo de desenvolvimento de tecnologia que resultou em depósito de patente (invenções) são premiados. 

Argimiro Secchi e Maurício de Souza receberam o prêmio pela patente do projeto  “Métodos para previsão e para otimizar misturas entre petróleos para processamento em rota solvente para obtenção de óleos básicos lubrificantes do grupo I em planta piloto”. Já Ana Mehl recebeu o prêmio pelas patentes “Método para medição da capacidade de dispersão de óleo em superfície d’água” e “Metodologia para produção de águas oleosas estáveis a partir de sistemas dispersos padrão de óleo em água”. Ana conta que já esperava receber o prêmio pelo resultado do trabalho feito, “trabalhamos para o desenvolvimento da tecnologia e participamos da elaboração da documentação que deu origem às patentes depositadas.”

Mehl fala sobre as invenções que resultaram no reconhecimento do prêmio: “Fica clara também a importância da parceria universidade-empresa para o desenvolvimento de conhecimento na nossa universidade. As duas patentes depositadas são decorrentes de desenvolvimento realizado ao longo de dois projetos de pesquisa e desenvolvimento (P&D). Uma diz respeito ao método para quantificar a dispersão de óleo em água, e a outra patente trata da metodologia para a preparação de águas oleosas estáveis que são importantes para uma série de outros desenvolvimentos e avaliações de aplicação industrial.”

A invenção que rendeu o prêmio aos professores Argimiro Secchi e a Maurício de Souza foi desenvolvida a partir da introdução de métodos de inteligência artificial para a previsão e otimização de misturas entre petróleos para processamento em rota solvente, visando à obtenção de óleos básicos lubrificantes em planta piloto. Esses métodos foram o alvo da patente. “Como resultados práticos, objetivamos reduzir o trabalho em Planta Piloto e acelerar a previsão de resultados”, explica Maurício.

O professor também ressalta o método de escolha das classificações: “A Petrobras seleciona as invenções usando critérios próprios de inovação e aplicabilidade. Os premiados são aqueles que têm patentes depositadas. A Petrobras foi recordista em depósito de pedidos de patentes no Brasil em 2023.”

Em entrevista à Coppe, o diretor-adjunto de Tecnologia e Inovação da Coppe, o professor Thiago Aragão, disse que “O artigo científico produzido a partir das dissertações e teses não deve ser o fim, mas um dos meios para a produção e a transferência de tecnologias úteis para a sociedade. Fazer isso em parceria com a Petrobras nos enche de alegria, pois além de ser uma empresa que é um orgulho do povo brasileiro, ela tem sido uma excelente parceira da Coppe durante décadas”.

Thiago foi contemplado por uma tecnologia desenvolvida no Setor de Pavimentos do Laboratório de Geotecnia, que ele coordena e é ligado ao Programa de Engenharia Civil da Coppe, onde atua como docente. Ele comemora e pretende ainda mais. “Nós do Laboratório de Geotecnia – Setor de Pavimentos pretendemos intensificar o depósito conjunto de patentes, com o objetivo principal de contribuir com o avanço do conhecimento e com a implementação de tecnologias que impulsionam o desenvolvimento da sociedade brasileira. Celebremos a Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil!”, conclui.

A professora Mehl finaliza mostrando a satisfação em receber o prêmio ao lado de colegas do CT. “É sempre uma satisfação ter seu esforço reconhecido. E poder contribuir com a formação do nosso corpo discente que tem participação ativa nas nossas pesquisas e, além disso, desenvolver tecnologias e conhecimentos que de fato façam a diferença na operação da indústria brasileira. E é claro que é muito bom encontrar colegas tanto da EQ como do IMA e Coppe, que são outras unidades do CT, na premiação. Isso mostra a importância do CT/UFRJ no cenário de inovações.”

*Com informações da Coppe/UFRJ.