Segundo decreto assinado por Lula, gestão entra em exercício a partir de segunda-feira, 3/7
Por Victor França – Fonte: www.ufrj.br
O professor Roberto de Andrade Medronho foi nomeado novo reitor da Universidade Federal do Rio de Janeiro. O decreto é assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pela ministra da Educação em exercício Maria Izolda Cela de Arruda Coelho. O documento designa o docente ao cargo a partir de segunda-feira, 3/7, e foi publicado nesta quarta-feira, 28/6, no Diário Oficial da União, para o mandato de quatro anos. A vice-reitora eleita, Cássia Turci, será nomeada pelo novo reitor.
Medronho é professor titular da Faculdade de Medicina (FM) e coordenador do Laboratório de Epidemiologia das Doenças Transmissíveis. É também doutor e mestre em Saúde Pública pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). Graduado em Medicina pela UFRJ, o pesquisador fez residência médica em Medicina Preventiva e Social pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) e em Pediatria pelo Hospital Federal da Lagoa. Foi diretor da FM de 2011 a 2020 e também do Instituto de Estudos em Saúde Coletiva (Iesc), além de ter coordenado o Grupo de Trabalho Multidisciplinar para Enfrentamento da Pandemia de Covid-19 (GT-Coronavírus) da UFRJ. Veja currículo completo.
A cerimônia de posse está prevista para acontecer no dia 11/7 em Brasília. Já a solenidade de transmissão dos cargos da atual Reitoria para a próxima gestão será no dia 11/8, no Auditório Horta Barbosa – Centro de Tecnologia (CT), a partir das 10h, aberta ao público. Para esse evento, são esperadas personalidades acadêmicas, artísticas e políticas.
A Universidade Federal do Rio de Janeiro
A UFRJ é a primeira instituição oficial de ensino superior do país, com atividade desde 1792, em razão da existência da sua Escola Politécnica, a sétima escola de Engenharia do mundo e a mais antiga das Américas. Organizada como universidade em 1920, a UFRJ tem presença registrada nas dez melhores posições dos mais diversos rankings acadêmicos na América Latina, com o melhor curso de Engenharia Naval e Oceânica das Américas (à frente, inclusive, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts − MIT). A instituição conta, hoje, com 175 cursos de graduação, 315 de especialização, 224 programas de pós-graduação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) e mais de 1,5 mil projetos de extensão.
Maior universidade federal do Brasil, a UFRJ tem em seu corpo social cerca de 65 mil estudantes (anualmente, 5 mil se formam na graduação e 2,6 mil dissertações e teses são produzidas), 4,1 mil docentes (nove em cada dez têm doutorado), 8,1 mil técnicos-administrativos, incluindo aqueles que atuam nas unidades hospitalares da instituição. Assim, sua comunidade acadêmica é maior que as populações de Búzios e Paraty somadas, fazendo com que a UFRJ tenha estrutura similar à de um município de médio porte. Só a Cidade Universitária, seu campus principal, conta com circulação diária de cerca de 100 mil pessoas.
Compatível com seu grau de relevância estratégica para o desenvolvimento do país, a UFRJ formou uma série de alunos notáveis, como Osvaldo Aranha, indicado ao Prêmio Nobel da Paz; os escritores Jorge Amado e Clarice Lispector; o arquiteto Oscar Niemeyer; os médicos Oswaldo Cruz e Carlos Chagas; a jornalista Fátima Bernardes; e o matemático Artur Ávila, primeiro latino-americano a receber a Medalha Fields, prêmio oferecido a matemáticos com até 40 anos e considerado equivalente ao Nobel.
Uma das instituições que mais produzem ciência no Brasil, a UFRJ tem dois campi fora da capital fluminense: um em Macaé e outro em Duque de Caxias. Com projetos de ponta nas áreas científica e cultural, a antiga Universidade do Brasil tem sob seu escopo nove hospitais universitários e unidades de saúde, 19 entes museais, 1.456 laboratórios, 43 bibliotecas e um parque tecnológico de 350 mil metros quadrados, com startups e empresas de protagonismo nacional e internacional.
- Acompanhe o especial Eleições UFRJ 2023 e fique por dentro do processo de sucessão da Reitoria da maior universidade federal do país.