UFRJMar reúne mais de 36 oficinas de áreas relacionadas ao mar em Paraty para sua 21ª edição

Estudantes de graduação e pós-graduação em engenharia, biologia, educação física, entre outros promoveram oficinas para alunos de escolas públicas do ensino fundamental e médio local

Por Rebecca Henze – Setor de Comunicação/CT

Teve início no dia 22 de agosto a 21ª edição do UFRJMar realizada em Paraty. A mesa de abertura contou com a participação de nomes importantes como o prefeito da cidade e o decano do Centro de Tecnologia da UFRJ. O evento terminou na última quinta-feira (24), após mais de 36 oficinas e uma cerimônia de encerramento na Casa da Cultura de Paraty.

Cerimônia de abertura do 21ª edição do Festival UFRJMar no auditório do Cembra  Foto: Nides/UFRJ

Entre os convidados para a abertura, estavam: Gabriela Gibrail, Secretária de Educação de Paraty; Sirlene de Lara, diretora da E.M. Cilencina Rubem de Oliveira Mello; Prof. Walter Suemitsu, Decano do Centro de Tecnologia da UFRJ; Felipe Addor, diretor do Núcleo Interdisciplinar para o Desenvolvimento Social (Nides/UFRJ); Luciano Vidal, Prefeito de Paraty, José Sérgio de Barros, Secretário de Cultura de Paraty e Juana Nunes, representando o Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

O projeto de extensão mais antigo da UFRJ é parte do Programa Tecnologia Social e Ciências do Mar (TSCM) e é coordenado por Ana Lúcia Vendramini, professora da Escola de Química e do Nides. Neste ano, o UFRJMar voltou a contar com o apoio MCTI, se mostrando parte da política pública de apoio à pesquisa das universidades federais.

Além de agradecer o apoio da prefeitura de Paraty e do Ministério, o Professor Walter Suemitsu, relembrou os obstáculos pelos quais o evento passou após a pandemia e mostrou a resiliência do UFRJMar ao retomar a edição ao modelo presencial, e o tornando cada vez maior.

Juana Neves, Diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI

Juana Nunes, Diretora do Departamento de Popularização da Ciência, Tecnologia e Educação Científica do MCTI, falou na mesa de abertura: “Qual o nosso maior desafio? A ciência precisa estar perto da vida das pessoas, esse trabalho que a gente faz na universidade e nos grupos de pesquisa, ele precisa ter a sua parcela de contribuição para melhorar a qualidade de vida das pessoas. A gente faz ciência pra isso, para mudar a vida das pessoas.”

Luciano Vidal, prefeito da cidade costeira, agradeceu a parceria no evento e ressaltou a importância do UFRJMar para a cidade, que vive basicamente de turismo. A Secretária de Educação de Paraty, Gabriela Gibrail, aproveitou para relembrar os frutos que o evento já gerou para a cidade: “Grande parte da juventude ligada ao audiovisual de Paraty foi fruto do projeto UFRJMar, são eles que trabalham nas nossas instituições, então o evento faz parte da economia local na geração de emprego e renda”.

As oficinas foram realizadas ao longo dos dois dias de forma simultânea no Cembra, na Praia do Pontal, com os estudantes do Centro de Paraty, e na E.M. Cilencina Rubem de Oliveira Mello, localizada em Barra Grande e que recebeu os alunos dessa região.

O projeto Algicultura, que também é parte do programa de extensão TSCM, foi responsável pela oficina “Alga no dia a dia”. Nela, os estudantes e pesquisadores mostraram parte do trabalho que nasceu a partir do UFRJMar. Os alunos aprenderam como a macroalga Kappaphycus alvarezii, cultivada na região de Paraty Mirim, desenvolveu uma nova cadeia produtiva de negócio baseada na economia verde, e também puderam experimentar produtos elaborados a partir da macroalga. Além disso, o “Algicultura” está relacionado a uma parceria realizada entre a UFRJ e a Prefeitura de Paraty, focada em desenvolver técnicas de beneficiamento e manejo por meio do cultivo de algas em fazendas marinhas na Baía de Ilha Grande.

Já os pesquisadores do Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica dos Fluidos (NIDF) apresentaram a oficina “Como os fluidos de comportam” demonstrando para os alunos como o ar, a água, o óleo e outros tipos de fluidos agem na natureza e como suas características se comportam através da aplicação da mecânica dos fluidos. As crianças puderem ver na prática, através de experimentos e equipamentos montados especialmente para o festival, conceitos como viscosidade, densidade, vórtices, misturas e turbulência.

Oficina Como os fluidos se comportam do NIDF/UFRJ

Mostrando a multidisciplinariedade do evento, a Escola de Educação Física e Desporto (EEFD/UFRJ) e a Faculdade de Odontologia também participaram do UFRJMar. A EEFD levou as oficinas “Malabares e Dança Urbana”, “Waterball”, “Atletismo” e “Esporte de areia”, realizadas nas escolas e na Praia do Pontal. Além de apresentar o espetáculo “Dança das Águas”, idealizado pela professora Ana Lúcia Coelho do Grupo Faz e Acontece, na Praça da Igreja da Matriz.

Oficina Atletismo da EEFD/UFRJ
Oficina Esporte de areia da EEFD/UFRJ
Espetáculo “Dança das Águas” do Grupo Faz e Acontece coordenado pela profa. Ana Lúcia Coelho da EEFD/UFRJ                  Foto: Nides/UFRJ

Já a Faculdade de Odontologia apresentou às crianças a importância do cuidado com a boca para a saúde, os alimentos que mais provocam cáries, a escovação correta dos dentes e encaminhou para tratamento os alunos com problemas mais graves.

Oficina “Explorando a boca” da Faculdade de Odontologia/UFRJ

O encerramento aconteceu na Casa da Cultura de Paraty e contou com a participação da professora Eleonora Ziller e do professor Walter Suemitsu. Casada com Fernando Amorim, responsável pela implementação do UFRJMar e falecido em 2012, Eleonora fez uma retrospectiva e emocionou os participantes relembrando os 21 anos do projeto: “Quando Carlos Lessa convoca o Fernando, ele vem com uma proposta de mobilizar o pensamento acadêmico da universidade para buscar soluções para o estado do Rio de Janeiro”.

Encerramento com a professora Eleonora Ziller e Walter Suemitsu, Decano do CT na Casa da Cultura de Paraty

Suemitsu apontou a importância da manutenção do evento. “O UFRJMar tem que continuar, é importante tanto para a população quanto para os nossos estudantes. Muitos alunos que participam das oficinas não imaginam o que pode ser feito na universidade, então é uma oportunidade para eles  verem a produção, o trabalho e poder conversar com pesquisadores de várias áreas do conhecimento”, e agradeceu aos patrocinadores, à equipe organizadora e aos oficineiros. Para finalizar, o grupo In-versos da Escola de Música da UFRJ cantou músicas compostas pelos alunos durante a realização da oficina no Cembra.

Apresentação dos músicos da Oficina In-versos da Escola de Música/UFRJ

Todas as informações, programações, história do projeto UFRJMar e detalhes de outras edições estão disponíveis no site oficial: ufrjmar.ct.ufrj.br. Confira!