O pesquisador Robert Jäckel é graduado em Engenharia Mecânica pela Universidad Autónoma Metropolitana de México e Mestre em Engenharia Mecânica pela Universidad Autónoma de San Luis Potosí. Atualmente, é doutorando do Programa de Engenharia Mecânica da Coppe e pesquisador do Núcleo Interdisciplinar de Dinâmica de Fluidos (NIDF) da Universidade Federal do Rio de Janeiro, onde estuda a dissipação de estruturas coerentes em turbulência magnetohidrodinâmica. Possui publicações em periódicos indexados nas áreas de simulação numérica e experimental de fenômenos de transporte, além de materiais de mudança de fase. Jäckel desenvolveu um tubo Pitot aeronáutico resistente ao congelamento para evitar acidentes aeronáuticos, como o ocorrido no voo AF447 entre Brasil e França em 2009, o qual, no momento, está em sendo patenteado pelo escritório de patentes do México; e integra um grupo que pesquisa a concepção de caixas de transporte para vacinas contra COVID-19 com eficácia térmica elevada.
A Comissão Interna de Eventos da Decania do Centro de Tecnologia (CT) da UFRJ realiza no dia 24 de novembro, às 14 horas, a roda de conversa Cais do Valongo: celebração da herança africana. O evento faz parte das atividades em comemoração ao Dia da Consciência Negra, celebrado no dia 20 de novembro, e terá transmissão ao vivo pelo Facebook/@ufrjct e pelo canal do CT no YouTube: https://bit.ly/youtubedoct.
Nossos convidados serão Nilcemar Nogueira, Coordenadora do Programa de Educação Patrimonial Samba na Escola; Fábio Conceição, professor de História da rede privada de ensino e mestrando do Programa de Pós-Graduação em Relações Étnico Raciais do CEFET/RJ, Eliana Cruz, roteirista, jornalista, colunista do site UOL e autora dos livros Água de Barrela e O crime do cais do Valongo. Cecília Izidoro, professora da Escola de Enfermagem Anna Nery e membro da Câmara de Políticas Raciais da UFRJ ficará responsável pela moderação do encontro.
Em 2011, durante as escavações realizadas para revitalizar a zona portuária do Rio de Janeiro, o Cais do Valongo foi descoberto e no local encontrado uma grande quantidade de artefatos originários do Congo, de Angola e Moçambique. Durante o regime escravagista que durou mais de três séculos, o Brasil recebeu perto de quatro milhões de escravos, sendo que cerca de um milhão de africanos desembarcaram no Cais do Valongo, o que o tornou o maior porto receptor de escravos do mundo.
Em 2017, o Cais do Valongo recebeu o título de Patrimônio Histórico da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) por ser o único vestígio material da chegada dos africanos escravizados nas Américas e um reconhecimento à inestimável contribuição da herança africana para a formação e desenvolvimento cultural, econômico e social do Brasil.
O Cais do Valongo integra o Circuito Histórico e Arqueológico da Celebração da Herança Africana, que estabelece marcos da cultura afro-brasileira na região portuária, ao lado do Jardim Suspenso do Valongo, Largo do Depósito, Pedra do Sal, Centro Cultural José Bonifácio e Cemitério dos Pretos Novos.